sábado, 11 de fevereiro de 2012

Bolo grego de mel

Os bolos de mel eram ofertas muito comuns aos Deuses da antiga Hélade. Segue, abaixo, a tradução (feita por mim) de uma receita encontrada, em inglês.

Ingredientes:

- 1 xícara de farinha de trigo;
- 1 colher e meia (de chá) de fermento em pó;
-  ¼ de colher (de chá) de sal;
- Meia colher (de chá) de canela em pó;
- 1 colher (de chá) de raspas de laranja;
- ¾ de uma xícara de manteiga;
- ¾ de uma xícara de açúcar branco;
- 3 ovos;
- ¼ de uma xícara de leite;
- 1 xícara de nozes picadas.
- 1 xícara de açúcar branco;
- 1 xícara de mel;
- ¾ de uma xícara com água;
- 1 colher de chá de suco de limão.

Instruções:

1. Pré-aqueça o forno a 175º Celsius. Unte e enfarinhe uma panela de aproximadamente 9 polegadas quadradas. Misture a farinha, o fermento, o sal, a canela e as raspas de laranja. Conserve.

2. Em uma tigela grande, bata a manteiga e os ¾ de açúcar branco até ficar claro e macio. Bata os ovos, um de cada vez. Bata na mistura da farinha alternadamente com o leite, mexendo até encorpar. Misture as nozes.

3. Despeje a massa na forma preparada. Deixe-a no forno pré-aquecido durante 40 minutos, ou até um palito inserido no centro do bolo sair limpo. Deixe esfriar por 15 minutos. Despeje xarope de mel sobre o bolo.

Para o xarope de mel: em uma panela, misture o mel, 1 xícara de açúcar e água. Leve ao fogo brando e cozinhe por 5 minutos. Misture o suco de limão, deixe ferver e cozinhe por mais 2 minutos.

Informações nutricionais:

Quantidade por fatia:

Calorias: 423
Gordura total: 19,3 g
Colesterol: 84 mg


Tradução minha.
Original aqui.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Mãe D'Água, Janaina

"Mas como é lindo o canto de Iemanjá, que faz até o pescador chorar, quando ele escuta a mãe d'água cantar, e vai com Ela pro fundo do mar..."
Ponto cantado na Umbanda, em homenagem a Iemanjá.

Os leitores podem até estar estranhando o fato deste post não falar de uma divindade helênica, mas de uma divindade africana. Para os que não sabem, eu, desde pequeno, tive minha infância marcada pela presença dos Orixás, e faço questão que essa conexão não se perca. Ainda hoje presto culto a Eles, mas sempre separando o culto aos Deuses da antiga Hélade do culto aos Orixás. Então, de vez em quando, será possível encontrar posts sobre Eles por aqui. E hoje, dia 2 de fevereiro, é o dia em que é homenageada a Rainha do Mar.

Para os leigos no assunto, Iemanjá (também chamada, na Umbanda, Janaina) é, basicamente, a deusa do mar dentro dos cultos afro-brasileiros, como a Umbanda e o Candomblé. Seu nome é derivado da expressão em Iorubá "Yèyè omo ejá" que, em português, significa "Mãe cujos filhos são peixes". É filha de Olóòkun, também deusa do mar. Iemanjá, para muitos pesquisadores, era casada com Oxalá, criador do mundo e dos homens, e, com ele, teria tido a maioria dos outros Orixás. No Dicionário Folclórico Brasileiro, de Câmara Cascudo, pode-se encontrar esta curiosa lenda que comprova essa união:

"Um dia, Orunmilá (também chamado de Ifá, o adivinho - santo poderoso) saiu do palácio para dar um passeio. Ia com todo seu acompanhamento, os Exus, que são seus escravos. Chegando a certo lugar, deparou-se com outro cortejo, onde a figura principal era uma mulher linda. Ele parou, assim assombrado por tanta beleza. Chamou um de seus Exus e mandou-o ver quem era aquela mulher. Exu chegou defronte dela, fez odubalê (referência) e apresentou-se dizendo ser escravo do senhor poderoso Orunmilá, que mandava perguntar quem era ela. Ela disse que era Iemanjá, rainha e mulher de Oxalá."



Sua natureza é calma, como a mãe que acolhe seus filhos, mas que, quando necessário, sabe ser rigorosa, como o mar também o é. Atualmente, na Umbanda, é muitas vezes representada como uma sereia, que é um ser próprio da mitologia grega (porém, na antiguidade, as sereias eram metade mulheres e metade aves) mostrando o quanto o sincretismo é comum dentro desta linha de culto aos Orixás.


Sua saudação mais frequente é "Odoyá" que significa "mãe do rio" (apesar de Iemanjá ser cultuada, no Brasil, como uma deusa das águas salgadas, sua origem é de um rio que corre para o mar, de mesmo nome que o da deusa). Suas oferendas são recebidas na praia, e costuma-se oferecer a Ela rosas brancas, perfume, entre outras coisas. A relação do devoto com o Orixá é uma relação de troca, semelhante ao Hellenismos, onde o devoto dá algo para a divindade, pedindo sua benção e proteção.



Segue, por fim, duas músicas cantadas pela Bethânia, a primeira chamada Yemanjá, Rainha do Mar, e a segunda O Marujo Português.